quarta-feira, 24 de novembro de 2010


Assim que o amor entrou no meio, o meio virou amor
O fogo se derreteu, o gelo se incendiou
E a brisa que era um tufão
Depois que o mar derramou, depois que a casa caiu
O vento da paz soprou
Clareou, refletiu, se cansou do ódio e viu que o sonho é real
E qualquer vitória é carnaval, carnaval, carnaval
Muito além da razão, bate forte emoção, ilusão que o céu criou
Onde apenas o meu coração amará, amará
O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar
Sabe ser o melhor na vida e pede bis quando faz alguém feliz
Vem aqui, vem viver, não precisa escolher os jardins do nosso lar
Preparando a festa pra sonhar, pra sonhar, pra sonhar
Faça chuva, vem o sol, em comum o futebol deu você e o nosso amor
Convidando as mágoas pra cantar, pra cantar, pra cantar
O amor não se tem na hora que se quer, ele vem no olhar
Sabe ser o melhor na vida e pede bis quando faz alguém feliz

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Claro amor, Bernardo, porque dai a gente vai poder chamar ele Bê!
Não amor, esse nome é feio!  

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Aqui esta minha singela homenagem para vocês! *-* $: AMIGOS!


Não tenho muito mas o pouco que tenho é teu
Se mais ninguém te ouvir tu sabes quem te ouve sou eu
E quando estiveres triste, com falta de um amigo
Fecha os olhos não temas porque eu vou estar aqui contigo
Eu sei que pensas muitas vezes que queres fugir
Eu sei que gritas e não tens ninguém para te acudir
Vida madrasta, nada corre como a gente quer
Tens que enfrentar o destino para o que der e vier
Ao meu alcance faço tudo o que poder para ti
Peço desculpas pelos erros, sei que os cometi
Não vou julgar-te porque também eu posso ser réu
Não vou julgar-te porque tem te julga está no céu
Quero que saibas que podes contar com o meu amparo
Amizade pura é um sentimento cada vez mais raro
Conto contigo para fazeres o que faço por ti
E quando nada correr bem, eu estou aqui
Se precisares de mim eu estou aqui
Quando quiseres falar, eu estou aqui
Se te faltar um amigo, eu estou aqui
Se precisares de alguém, eu estou aqui
Se precisares de mim, eu estou aqui
Quando quiseres falar, eu estou aqui
Se te faltar um amigo, eu estou aqui
Se precisares de alguém, eu estou aqui
Tantas as coisas que juntos fizemos tu e eu
Custa a crer mas a verdade é que o tempo correu
Nem sempre é fácil ás vezes frases magoam
Sem deixar mágoas porque amigos são os que perdoam
É quando se vê quem é amigo de quem, no mal e no bem
Sentindo desdém rodeado de gente sem nunca ter ninguém
Alguém para falar, sempre pronto a escutar
A mão que se estende, a mão que te ajuda a levantar
Quem te corrige quando tu não sabes o que é certo
Quem te dá água quando te perdes nalgum deserto
Sempre por perto sempre pronto para chorar ou rir
Quem te conhece e sabe quando tu estás a mentir
Não sou perfeito mas sabes que sou sincero
Nunca te esqueças de mim aqui é tudo o que eu quero
E espero que nada nem ninguém nos faça separar
Conto contigo, comigo podes sempre contar...
Eu estou aqui
Se precisares de mim eu estou aqui
Quando quiseres falar, eu estou aqui
Se te faltar um amigo, eu estou aqui
Se precisares de alguém, eu estou aqui

segunda-feira, 15 de novembro de 2010


Estou cansado de me defender
De tentar fingir que eu não quero ser
De nunca deixar transparecer
Estou bambo em uma corda prestes a ceder
Entre o bem e o mal, o ser ou não ser
Entre o ódio e o amor
Entre os espinhos de uma flor
Se um dia ao olhar pra trás, você perguntar se esqueci você
Pode esquecer, aha
E ao olhar pra mim vai perceber que sempre amei você
Se um dia essa canção tocar, ver que é pra você
E ao ouvir chorar, por não me esquecer, aha
Ainda temos muito a viver
Não esqueci você
Estou cansado de me defender
De tentar fingir que eu não quero ser
De nunca deixar transparecer
Estou bambo em uma corda prestes a ceder
Entre o bem e o mal, o ser ou não ser
Entre o ódio e o amor
Entre os espinhos de uma flor
Se um dia ao olhar pra trás, você perguntar se esqueci você
Pode esquecer, aha
E ao olhar pra mim vai perceber que sempre amei você
Se um dia essa canção tocar, ver que é pra você
E ao ouvir chorar, por não me esquecer, aha
Ainda temos muito a viver
Não esqueci você
Já não dá mais para fingir
Que não me importo com nós dois
Eu volto atrás, não vou fugir
Pois não suporto sofrer depois
Entre o bem e o mal, o ser ou não ser
Entre o ódio e o amor
Entre os espinhos de uma flor
Se um dia ao olhar pra trás, você perguntar se esqueci você
Pode esquecer, aha
E ao olhar pra mim vai perceber que sempre amei você
Se um dia essa canção tocar, ver que é pra você
E ao ouvir chorar, por não me esquecer
Me esquecer
Me esquecer
Não esqueci você!

Anotações de um amor Urbano - Caio F.

(...)Tantas mortes, não existem mais dedos nas mãos e nos pés para contar os que se foram. Viver agora, tarefa dura. De cada dia arrancar das coisas, com as unhas, uma modesta alegria; em cada noite descobrir um motivo razoável para acordar amanhã. Mas o poço não tem fundo, persiste sempre por trás, as cobras no fundo enleadas nas lanças. Por favor, não me empurre de volta ao sem volta de mim, há muito tempo estava acostumado a apenas consumir pessoas como se consome cigarros, a gente fuma, esmaga a ponta no cinzeiro, depois vira na privada, puxa a descarga, pronto, acabou. Desculpe, mas foi só mais um engano? e quantos mais ainda restam na palma da minha mão? Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com esta fome na boca, beber um copo de leite, molhar plantas, jogar fora jornais, tirar o pó de livros, arrumar discos, olhar paredes, ligar-desligar a tevê, ouvir Mozart para não gritar e procurar teu cheiro outra vez no mais escondido do meu corpo, acender velas, saliva tua de ontem guardada na minha boca, trocar lençóis, fazer a cama, procurar a mancha da esperma tua nos lençóis usados, agora está feito e foda-se, nada vale a pena, puxar as cobertas, cobrir a cabeça, tudo vale a pena se a alma, você sabe, mas alma existe mesmo? e quem garante? e quem se importa? apagar a luz e mergulhar de olhos fechados no quente fundo da curva do teu ombro, tanto frio, naufragar outra vez em tua boca, reinventar no escuro teu corpo moço de homem apertado contra meu corpo de homem moço também, apalpar as virilhas, o pescoço, sem entender, sem conseguir chorar, abandonado, apavorado, mastigando maldições, dúbios indícios, sinistros augúrios, e amanhã não desisto: te procuro em outro corpo, juro que um dia eu encontro.
Não temos culpa, tentei. Tentamos.

domingo, 14 de novembro de 2010

POR VOCÊ ♪


Por Você
Eu dançaria tango no teto
Eu limparia
Os trilhos do metrô
Eu iria a pé
Do Rio à Salvador...

Eu aceitaria
A vida como ela é
Viajaria a prazo
Pro inferno
Eu tomaria banho gelado
No inverno...

Por Você!
Eu deixaria de beber
Por Você!
Eu ficaria rico num mês
Eu dormiria de meia
Prá virar burguês...

Eu mudaria
Até o meu nome
Eu viveria
Em greve de fome
Desejaria todo o dia
O mesmo homem...

Por Você! Por Você!
Por Você! Por Você!

Por Você!
Conseguiria até ficar alegre
Pintaria todo o céu
De vermelho
Eu teria mais herdeiros
Que um coelho..

Eu aceitaria
A vida como ela é
Viajaria à prazo
Pro inferno
Eu tomaria banho gelado
No inverno...

Eu mudaria
Até o meu nome
Eu viveria
Em greve de fome
Desejaria todo o dia
A mesma mulher...

Por Você! Por Você!
Por Você! Por Você!

Eu mudaria
Até o meu nome
Eu viveria
Em greve de fome
Desejaria todo o dia
O mesmo homem...

Por Você! Por Você!
Por Você! Por Você!
Por Você! Por Você!
Por Você! Por Você!
Por Você! Por Você!

sábado, 13 de novembro de 2010

E é sua sina chorar a ilusão em vão.


Sábado, 13 de novembro de 2010, vinte e duas horas e trinta minutos. Cá estou eu, sentada em frente ao meu computador, selecionei 40 musicas do Los Hermanos, li uns 30 trechos de testos do Caio, e estou com dois em especifico para ler depois que terminar esse aqui, para ele não me influenciar nos meus versos. Los Hermanos porque a voz do Marcelo Camelo me acalma e suas rimas e poesias me deixam tranqüila ta tudo escuro aqui, a mãe e o meu padastro estão dormindo, meu irmão ta na namorada.  Já conversei com a neguinha e to um pouco tranqüila, o fato é que olha eu aqui de novo, escrevendo pro blog no cair da noite, enquanto alguns dormem, enquanto alguns saem, alguns estão se arrumando, alguns amando. Amando, cheguei ao ponto que queria dar partida a esse texto. Sempre desde que pude entender defendi a idéia que o amor é a única solução para os problemas de qualquer vida, de qualquer ser, de qualquer espécie, de qualquer dor. Não digo amor-sexo-brigas. Digo amor mesmo, aquele benigno, aquele que tudo que pede é a felicidade da outra pessoa, aquele que se doa, que sabe quando partir, aquele que não prende, não ridiculariza, aquele amor-amor-amor. Quando você ama, você faz as coisas pelo bem, não pelo mal. Mal, pois é, sempre tive duvidas, e se isso tudo fosse uma novela? Talvez ainda acredito que eu seria a vilã, mesmo com as mudanças que vejo em mim, existem muitas coisas que eu fiz e que eu não me orgulho muito, existem palavras que eu disse, atitudes, amores coisas que eu gostaria de ter retirado da minha vida, orgulhos bobos, egoísmo. Mas, é o que eu fiz, é o que torna o que eu sou. Já fiz tanta gente sofrer para ver minha auto-estima aumentar, já fui tão egoísta com o coração dos outros, já paguei por isso também, eu acredito que sim, porque o que eu já sofri, eu não desejo pra ninguém, tem que ser forte, é como se você só tivesse duas alternativas, você sai do buraco que entrou ou você fica ali, sempre lamentando por não ter visto quão grande ele era. E quer saber? Terá e sempre tem muitos dias em que a sua cama é a melhor conselheira, que o seu travesseiro é o melhor amigo o melhor abraço que se pode encontrar, mas, como ainda não inventaram atestado para dor no coração, é sempre preciso levantar, querer ficar só em um cantinho, sem muito papo, sem muito assunto, só você ali, concentrando seus pensamentos em coisas fúteis, desviar do que dói, ah quando a noite cai, quando se procura noticias e só recebe coisas ruins, quando se perde tempo imaginando como é que a pessoa esta do outro lado, ter certeza que não, ele não sente falta, ele não precisa mais de você do lado dele. Então, quando souber qual é a melhor atitude a se tomar? É meio estranho não é? Quando as coisas simplesmente têm que acabar, quando elas caminham sozinhas pro nada. Ah como dói. (Tenha dó- Los Hermanos) Acho incrível, aquelas pessoas que conseguem, que quando acaba elas dizem acabou e pronto, não temos mais volta, é ter muita coragem, eu sempre valorizei o “recall” e as pessoas riem, mas eu não consigo terminar relacionamentos totalmente assim, do nada, as coisas caminhão e caminhão tanto que minhas historias de amor tem muito mais publico no momento em que estamos no término no quase nunca mais, que se tudo fosse filme, meus filmes seriam comedias românticas, mas não teriam começo sem sal, meio apaixonado, semi fim triste, e o então final feliz, as minhas seriam, começo sem sal, meio conturbado, final cada um pro seu canto um dia vamos rir disso tudo, é assim que acontece mais ou menos, cada um pro seu canto, isso de amor-amor-amor, eu tive uma vez só, que a vontade de ver ele feliz era maior que a minha vontade de ser feliz, onde eu nunca consegui duvidar de qualquer coisa que ele sentisse, foi o amor-amor-amor, mais amor da minha do tipo 500 dias com ela, não cheguei nos 500 dias, mas estou próxima, eu acho, não vou fazer as contas agora, ah eu tenho tanto a falar, que me incomoda isso, não aprendi ainda a ser fria, sou total em emoções que eu preciso despejar em algo, essa é a função do blog. Parei. Não to chegando a lugar nenhum com esse monte de pensamento junto, a minha intenção quando eu comecei esse texto era concluir que: eu ainda não entendi para que sirva o amor, ainda não sei se envolver-se com uma pessoa tem sentido, se emoções tem sentido, nos faz mudar e crescer esse é o lado bom, só que nós precisamos sempre aprender, então? Sempre vamos sofrer? Porque temos que ter momentos lindos e incríveis que terminam tão rápido? E sempre, sempre, sempre sobra dor. Só o que resta é dor e lembranças, nós sempre temos que nós reerguer, aprender a andar sozinhos de novo, não acho justo, sério.
 Onze horas e dezenove minutos.


Não fala nada, deixa tudo assim por mim, eu não me importo se nós não somos bem assim, é tudo real as minhas mentiras e assim não faz mal e assim não me faz mal não! Noite e dia se completam no nosso amor e ódio eterno, eu te imagino, eu te conserto, eu faço a cena que eu quiser, eu tiro a roupa pra você, minha maior ficção de amor, e eu te recriei só pro meu prazer, só pro meu prazer, não vem agora com essas insinuações dos seus defeitos ou de algum medo normal será que você não é nada que eu penso? Também se não for não me faz mal.



sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Me diz o que é que eu faço? :S




"Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada - apenas me ferem muito esses teus silêncios." (Caio F.)



Duvidas, duvidas e mais duvidas. Porque as coisas sempre tem que ser tão difíceis, ou facil de mais? Ou não. Não sei, eu não entendo o que eu estou sentindo. Não sei o que eu quero ¾na verdade, eu sei bem o que eu quero. Mas, e se não tiver mais tempo, nem sentimento o suficiente pra ir pra frente, para caminhar para em rumo ao sempre? Sei lá, não sinto reciprocidade no que sinto e no digo. Acho que gostou tanto de estar só, que não precisa mais estar comigo, mas tem medo, tem costume, tem coisas que mesmo que tenham que ser desfeitas com o tempo, nós mesmos não deixamos, "pra mim só rola se o sentimento  te fizer meu porto seguro" E aí? Será que eu sou? Juro eu não sei mais, me esforcei tanto para dar tudo errado, que nem lembro mais como se faz as coisas certas. Mas e mesmo assim, e se desse? E tudo o que já aconteceu? E tudo que tem para a acontecer? E as magoas, e coisas ditas sem pensar e as OUTRAS PESSOAS? Eu juro que não sei mais... Eu queria respostas, e não tantas perguntas. "Preciso de um bar, de uma conversa boa, sei lá me apegar a outras pessoas, ou só honrar o que disse, ai você me liga e é como se mais nada existisse, DROGA!" As pessoas ficam me julgando pelo que viram, ouviram, e pelo que vêem nas redes sociais, mas será que ninguém entende que é muito pior para mim, passar por cima de tudo o que eu disse e do meu orgulho, porque eu fico tão mais feliz com ele, e eu sempre me senti assim, só que nunca tive coragem de assumir pra mim mesma e pros outros, eu lembro como nós nos divertíamos rindo um da cara nos domingos a noite, e eu tenho saudade disso, e talvez não é costume, to começando a amar de verdade, só queria que não fosse tarde de mais. 







"Mas não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia, ela pára e pede, preciso tanto tanto tanto, cara, eles não me permitiram ser a coisa boa que eu era." (Caio F.)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010


"Me entende, eu não quis, eu não quero, eu sofro, eu tenho medo, me dá a tua mão, entende, por favor. Eu tenho medo, merda!Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda- roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje é já outro dia. Chorei. Apronto agora os meus pés na estrada. Ponho-me a caminhar sob sol e vento. Vou ali ser feliz e já volto."


Caio F.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Para sempre teu, Caio F.


“Sempre acreditei que toda vez que a gente entra numa igreja pela primeira vez, vê uma estrela cadente ou amarra no pulso uma fitinha de Nosso Senhor do Bonfim, pode fazer um pedido. Ou três. Sempre faço. Quando são três, em geral, esqueço dois. Um nunca esqueci. Um sempre pedi: amor.
Nunca tinha tido um amor. O quê? Aos 35 anos, agitando desse jeito? Explico: claro que tive dúzias e dúzias, outro dia até tentei contar e me perdi na altura do número cento e trinta e muito. Mas tudo rapidinho, assim, uma hora, um dia, uma semana, um mês, pouco mais. Nunca, digamos, UM ANO. Então quando alguém suspirava e dizia cara estou saindo de um caso de DEZ anos, meu olho arregalava de pura inveja. Histórias mais compridinhas, claro que rolaram. Maria Clara, por exemplo, mas a gente morava, eu em Sampa, ela no Rio, amor-ponte-aérea. Caríssimo. Isso, das moças. Dos moços, aquele bailarino americano em London, London, quatro/cinco meses. Talvez seis? Numa tarde de compras e roubos em Portobello Road me deu de presente um cacto (perfeito!) e me deixou plantado até hoje. Esse era amor-de-metrô, último trem entre Hammersmith e Euston. Onde andará? (“Onde andará?” é das perguntas mais tristes que conheço, sinônimo de se perdeu.)
Eis que de tanto pedir, insistir, acender vela, fazer todos os feitiços para Santo Antônio e Oxum e concentrar, rezar, mentalizar, eis que pintou. Ano passado me baixou um encosto de São Francisco de Assis, joguei (literalmente) pela janela quase tudo que tinha e, com duas malas, parti para o Rio. Não queria mais me prender a nada. Nem a Sampa, bem-amada. Numa ida a Porto Alegre, em agosto, deu-se. Explosão: à primeira vista. Tudo o que dissemos, depois de um longo suspiro de alívio, foi: eu amo você. Pasmem: verdade das verdadeiras. Ousadias do coração que saca, na hora, a intensidade do lance. E não disfarça. Bueno, tinha pintado.
Então tá. Romance comme il faut: dias numa casinha no meio de bosques em Gramado. Depois a volta ao Rio e, como dizia Ana Cristina Cesar (Aninha, Ana C., a bela, que falta você me faz menina fujona!), “amizade nova com o carteiro do Brasil”. Laudas e laudas de cartas de amor, uma por dia, duas por dia, dez por dia. Fotos, poemas, juras interurbanas. Voltei. Nós fomos os dois para o Rio. Dois meses lá: o amor resistia, mas nenhum estava a fim de pegar no pesado. Então fazer o quê? Dividir quarto pensão na Lapa, andar de ônibus, comer espiga de milho e misto quente? Nenhum acreditava em teu-amor-e-uma-cabana, também não era preciso teu-amor-e-um-rolls-royce (seria ótimo), mas pelo menos uma vitrolinha para fazer amor ao som do Bolero, de Ravel (amor tem desses lugares-comuns quase inconfessáveis). Voltamos. Verão em Torres. Camas de trinta horas. Passeios. Dunas, praia da Guarita. Filme. A sunga verde de lycra.
De repente uma luzinha vermelha começou, cigarro no escuro, a piscar dentro de mim. Foi no carnaval que passou. Suspeitas: porra, eu me afastei de tudo, de todos, joguei tudo pro alto e só quero esse amor, nada mais me interessa, se esse amor me faltar (pode?) eu só tenho isso, é o único laço que me prende à vida - e se faltar, Deus, se faltar o que faço? Noites paranóicas, medo Ritchie. E… se dançar? Aí dançou. Foi dançando. Não sei bem como. Uma tarde peguei nas suas mãos e, bem cruel (punhais: como a gente sabe apunhalar com engenho e arte, crava devagarinho a lâmina, depois revira, dentro da ferida), pedi assim: olha bem dentro dos meus olhos e me responde à seguinte pergunta: “Você não me ama mais?”.
Silêncio tão espesso que consegui ouvir o ruído do movimento de rotação da Terra. Feito nas novelas das seis, eu abri a boca quando ouvi a resposta. Um lento Não. Um claro Não. Um seguro Não. Um límpido Não. Um tranquilo Não. Um sem dúvida alguma Não. Um afirmativo Não. Repete, pedi. Repetiu. Pede-se não enviar flores, pensei. Fechei a porta. Fiquei só, chovia. Com requintes de autopiedade, limpei devagarinho com feltro um disco da Elis, deitei no chão e ouvi umas cem vezes “Se quiser falar com Deus”. Quando já ia abrir o gás, corri para o telefone e pedi ao Zé Márcio Penido em Sampa: socorro. Vem, ele disse. Santo amigo. Fui, na mesma hora. Me estonteei, vi todos os filmes, todas as peças, revi todos os amigos, ouvi todos os discos, namorei o que deu. Tinham sido NOVE MESES de fidelidade, no amor-amor, é sempre supernatural. Quando decidi estou-ótimo-fullgás-total-posso-voltar, voltei. The reencontro: quando dei por mim estava dizendo as coisas mais duras e agressivas e cruéis e impiedosas e injustas e ferinas e baixas e grossas que uma pessoa pode dizer à outra.
Comecei a me perder pela cidade. Selecionei vinte gatos & gatas mais lindos do pedaço, dez semifinalistas, cinco finalistas, transei todos. Saí sem parar. De bar em bar, telefone tocando sem parar. Explodindo de vitalidade e saúde e sedução: capacidade de superação. Puxa, gente, como sou maravilhoso, como sou maduro e equilibrado, como sei dar a volta por cima, como não sou careta, como sou moderno e liberadésimo. Aí, desabou. Dez dias. De manhã bem cedo, chegando da vida, percebi uma pequena rachadura na parede externa do edifício. Avançava lentissimamente. Ao meio-dia rachou de alto a baixo. O edifício veio ao chão: me interna, pedi pra mãe, estou infeliz pra caralho. Peguei o pacote de cartas que tinha pedido de volta (fiz absolutamente todos os números, o problema é que a plateia estava vazia: ninguém aplaudiu minha melhor sequência de sapateado), coloquei aos pés de Ogum.
E agora, Caio F.? Agora, estou amanhecendo. Ah, me digo, então era assim. Essa coisa, o amor. Já conheço? Já conheço. Mas como é mesmo que se chama? Também não estou certo se estarei mesmo amanhecendo. Talvez, sim, anoitecendo, essas luzes penumbrosas são muito parecidas. Não sei muita coisa. Quase nada. Pedi? Levei. Nunca tinha sido tão intenso, nem tão bonito. Nunca tinha tido um jeito assim, tão forever. Não me diga que vai passar, vai passar, vai passar, vai passar. Não me diga que foi ótimo, o que você queria, a eternidade? Não me peça para não te encher o saco lamuriando. Posso não saber nada do coração das gentes, mas tenho a impressão, de que, de tudo, o pior é quando entra a segunda parte da letra de “Atrás da porta”, ali no quando “dei pra maldizer o nosso lar pra sujar teu nome, te humilhar”. Chico Buarque é ótimo pra essas coisas. Billie Holiday é ótima pra essas coisas. E Drummond quando ensina que “o amor, caro colega, esse não consola nunca de núncaras”. Aí você saca que toda música, toda letra, todo poema, todo filme, toda peça, todo papo, todo romance, tudo e todos o tempo todo, antes, agora e depois, falam disso. Que o que você sente é único & indivisível e é exatamente igual à dor coletiva, da Rocinha a Biarritz. O coro de anjos de Antunes Filho levanta no ar, em triunfo, os corpos mortos de Romeu e Julieta enquanto os Beatles pedem um little help from my friends, e a plateia ainda aplaude de pede bis (o Gonzaguinha também é ótimo pra essas coisas). Meus amigos, abandonados para que eu pudesse mergulhar, voltaram a mil. Tem seus prazeres o fim do amor. Se é patologia, invenção cristã-judaico-ocidental-capitalista, ou maya, ego, se é babaquice, piração, se mudou-através-dos-tempos, puro sexo, carência, medo da morte: não interessa. Tenho certeza que estive lá, naquele terreno. Ele existe.
Por isso falo dele: Joyce e Paula me pediram elucubrações, as minhas são estas. Estou contando a vocês que estou fazendo elucubrações sobre o amor porque provavelmente, de uma outra forma vocês aí que me leem, talvez com tédio, também estão pensando a mesma coisa. O bicho homem não faz outra coisa a não ser pensar no amor. Até as relações de produção, a luta de classes, a ecologia, o jogo pelo poder: tudo, questão de amor. Formas de amor. Amor é palavra que inventamos para dar nome ao Sol abstrato em torno do qual giram nossos pequeninos egos ofuscados, entontecidos, ritmados. A vida toda. Mas se me perguntarem o que quero dizer com isso, não tenho resposta.
O que quero dizer é justamente o que estou dizendo. Não estou com pena de mim. Tá tudo bem. Tenho tomado banho, cortado as unhas, escovado os dentes, bebido leite. Meu coração continua batendo - taquicárdico, como sempre. Dá licença, Bob Dylan: it’s all right man, I’m just bleeding. Tá limpo. Sem ironias. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar. Se tiver aprendido lições (amor é pedagógico?), até aproveito e não faço tanta besteira. Mas acho que amor não é cursinho pré-vestibular. Ninguém encontra seu nome no listão dos aprovados. A gente só fica assim. Parado olhando a medida do Bonfim no pulso esquerdo, lado do coração e pensando, pois é, vejam só, não me valeu.”
Esse texto é maravilhoso, vale a pena ler! (: *-*
"Ficar bem nem sempre deixa outras opções. É estranho quando as coisas simplesmente têm de terminar. É o estágio onde todos os sentimentos já evoluíram para um nada. É o nada que você optou para parar de sentir dor. No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se.. Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso."

segunda-feira, 8 de novembro de 2010





Agora o tempo já passou
A tempestade enfim acabou
E a rua já secou
Fez sol lá fora

Aquela insonia já curei
Do mau humor já melhorei
E até me acostumei com a sua falta

É e vai ser sempre assim
Se for amor,
Esse amor dói demais se chega ao fim
Não tem remédio mesmo
Eu quis voce pra ficar
Eu quis sumir, te esquecer
Quis morrer, quis te ligar
Eu não queria
Mas já levo a vida sem você

Hoje foi bom te encontrar
O tempo passou como está?
Difícil foi
Mas tudo bem
Eu também tô sem ninguém
E só me restou o ciúme
Não sei se por medo ou costume


Seja feliz
Fica com Deus
Se der saudade me liga
Adeus...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mas A GENTE sabe que NÃO VAI voltar.

"É difícil de aceitar recomeçar do zero levantar e caminhar perceber que quem se ama já não se importa com você e acordar sozinho ouvindo o som da sua TV chegou a hora de recomeçar. ♪" 

Nossa! Eu to com tanta raiva de você, eu não entendo isso, eu juro que não dá pra entender como uma pessoa diz que ama a outra em dois dias, em um dia, e depois some, fica com milhares, ignora, e trata como se fosse só mais uma? Eu te dei as asas e você voou pra longe de mim. Não! Eu não devo chorar, muito menos se for de tristeza, porque você não merece, porque eu não mereço, porque eu quis isso, eu aceitei essa situação, eu pedi por ela, e eu sempre soube que isso iria acontecer no final, por esse meu maldito medo de machucar as pessoas, eu sempre me esqueço que quem vai sair machucada sou eu. Meu desempenho no trabalho tá horrível, porque eu me afundei num mar de textos do Caio, que me confortam, sabe isso não era para durar, e eu sabia que alguém lá em cima impedia que isso acontecesse, mas fui contra, eu ignorei todas as pistas, eu fiz algumas coisas e deixei de fazer outras coisas também, que eu queria te conta, mas eu sempre perco a coragem quando te vejo, eu queria deixar tudo muito claro pra você. Explicar o erro, e te tirar um pouco dessa culpa toda, mas você também não ajuda, sabe ano passado quando eu terminei aquele relacionamento que me mudou muito, eu fazia o mesmo. E talvez eu até entendo o que você pensa, e eu sei que você não se arrepende, e que nem vai se arrepender, assim como eu também não! Só que isso machuca a pessoa que esta do outro lado e faz com que ela nunca mais queria nada com você, mesmo amando, eu tô do outro lado dessa vez, e eu o que eu acho? É que mesmo se eu não tivesse ficado com ninguém, talvez eu ainda iria estar com ele, seilá, talvez iria dar certo, ou não. Eu nunca vou saber. Só que o tanto que ele me amou, não é nem metade do que eu te amo. É pelo jeito que nós estamos/ficamos acabou mesmo, não tem mais volta, um dia eu sei que vou te tratar como uma pessoa qualquer, que só passou na minha vida, e fez tudo errado. E eu que não queria que fosse assim, só que tu não tem noção de como eu queria poder te falar toda a verdade, já que você sempre foi TÃO verdadeiro comigo, e sabe AMIGAS, se um dia eu pensa nesse guri de novo, me encham de porrada, porque eu tenho essa mania de esquecer o mal que me fazem porque eu to com saudadinha! ;x 
Ai meu Deus, tira essa raiva de mim e isso que eu to sentindo aqui também.. :~


... mas a gente sabe que não vai voltar 

quarta-feira, 3 de novembro de 2010



Baby, agora que você se foi assim por muito tempo
I had no choice but to move alongEu não tinha escolha senão se mudar junto
And i am feeling stronger everydayE eu estou me sentindo mais forte todos os dias
I don’t regret letting you get awayEu não me arrependo Deixando você ir embora
I've got message fromEu tenho mensagem de
All of my friendsTodos os meus amigos
They wanna what i didEles querem que eu fiz
They wanna listenEles querem ouvir
?? my time? meu tempo
I'm not going out like thatI'm Not Going Out Like That
Déjalo conmigoDeixe-me
Dejame el olvidoDeixe-me ser esquecido
Que yo en mi caminoEu no meu caminho
SeguireSeguire
Siendo fuerteSer forte
When you had me by my sideQuando você me teve ao meu lado
All you did was make me cryTudo o que você me fez chorar WS
And you cant to do your wrongsE você não pode fazer seus erros
And i never felt so strongE eu nunca me senti tão forte
When you had me by my sideQuando você me teve ao meu lado
All you did was make me cryTudo o que você me fez chorar WS
And you cant to do your wrongsE você não pode fazer seus erros
And i never felt so strongE eu nunca me senti tão forte
No quiero llorar.Eu não vou chorar.
No quiero sufrirNão quero sofrer
No quiero pensar.Eu não posso acreditar.
Me hara recordarGostaria de ser lembrado
Que yo te perdí.Que eu perdi.
Tan lejos de míAssim, longe de mim
Haz ido a pararS foi
Un poco de tiUm pouco sobre você
Un poco de miUm pouco sobre mim
Dejara de hablarPare de falar
De comunicarPara se comunicar
No pude encontrarEu não poderia encontrar
Palabras de amorPalavras de Amor
Y no alcance amarE o amor não chegar
Déjalo conmigoDeixe-me
Dejame el olvidoDeixe-me ser esquecido
Que yo en mi caminoEu no meu caminho
Seguire...Continue ...
Siendo fuerteSer forte
(concha buika)(Concha Buika)
Que me importa lo que diganEu me importo o que dizem
Lo que piense tanta gente (fuerte)Acho que muitas pessoas (forte)
Si tu crees que tu puedesSe você acha que pode
No escuches las dudas sigue siendo fuerte (siendo fuerte)Não dê ouvidos a dúvida mantém-se forte (ser forte)
Muestrate indiferenteMuestrate indiferente
Ante lo oscuro y el miedo (fuerte)Dada a escuridão eo medo (forte)
Cuando busques el consueloAo procurar consolo
Recuerda el valor es lo primeroLembre-se o valor é o primeiro
I feel stronger.Eu me sinto mais forte.
I am strong, strongEu sou forte, forte
Déjalo conmigoDeixe-me
Dejame el olvidoDeixe-me ser esquecido
Que yo en mi caminoEu no meu caminho
Seguire...Continue ...
(concha buika)(Concha Buika)
Que me importa lo que diganEu me importo o que dizem
Lo que piense tanta gente (fuerte)Acho que muitas pessoas (forte)
Si tu crees que tu puedesSe você acha que pode
No escuches las dudas sigue siendo fuerte (siendo fuerte)Não dê ouvidos a dúvida mantém-se forte (ser forte)
Muestrate indiferenteMuestrate indiferente
Ante lo oscuro y el miedo (fuerte)Dada a escuridão eo medo (forte)
Cuando busques el consueloAo procurar consolo
Recuerda el valor es lo primeroLembre-se o valor é o primeiro
I know exactly what you needEu sei exatamente o que você precisa
Space and time to breatheEspaço e tempo para respirar
No you haven't on my kneesNão, você não tem de joelhos
?? good enough for me? bastante bom para mim
When you had me by my sideQuando você me teve ao meu lado
All you did was make me cryTudo o que você me fez chorar WS
And you cant to do your wrongsE você não pode fazer seus erros
And i never felt so strongE eu nunca me senti tão forte

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